sábado, 5 de novembro de 2011

HISTOLOGIA: SISTEMA EXÓCRINO

SISTEMA EXÓCRINO


O sistema exócrino é aquele que produz e lança seus produtos nas cavidades dos órgãos ocos ou na superfície da pele. Este sistema é constituído pelas glândulas exócrinas ou de secreção externas. Estas glândulas são dotadas de canais excretores.
Glândula exócrina composta túbulo-acinosa sero-mucosa
(Glândula submandibular)
- porção secretora células mucosas e serosas;
-células mucosas - organizam-se em adenômeros tubulosos;
-células serosas - organizam-se em adenômeros acinosos;
- vários ductos com diferentes calibres composta;

- Glândula Exócrina multicelular:

- Critérios de Classificação
1 - quanto ao número de ductos
- simples
- composto
2 - quanto à forma dos da Porção Secretora
- tubuloso – ex: intestino grosso
- acinoso – ex: parótida
- túbulo-acinoso – ex: esôfago
3 - quanto ao produto de secreção
- mucosa – ex: esôfago
- serosa – ex: parótida
- sero-mucosa – ex: submandibular
4 - quanto ao modo de liberação da secreção
- merócrina - pâncreas; parótida, etc.
- apócrina – ex: glândula mamária
- holócrina – ex: glândula sebácea




Modos de liberar a secreção:



Alguns exemplos que fazem parte do SISTEMA EXOCRINO;


- GLÂNDULAS MAMÁRIAS
Cada glândula mamária é formada por 15 a 25 lóbulos de glândulas túbulo-alveolares compostas, cuja função é secretar leite para nutrir os recém-nascidos. Cada lóbulo, separado dos vizinhos por um tecido conjuntivo denso e muito tecido adiposo, é na verdade uma glândula individualizada com seu próprio ducto excretor, denominado ducto galactóforo. Esses ductos medem, aproximadamente, 2 a 4,5 centímetros de comprimento e emergem independentemente no mamilo, que possui de 15 a 25 aberturas, cada uma com cerca de 15 milímetros de diâmetro.
Antes da puberdade, as glândulas mamárias são formadas por porções dilatadas, os seios galactóforos, e diversas ramificações destes seios, os ductos galactóforos. O desenvolvimento das glândulas mamárias em meninas durante a puberdade faz parte das características sexuais secundárias. Durante este período, as mamas aumentam de tamanho e desenvolvem um mamilo proeminente. Já nos meninos, as mamas permanecem normalmente achatadas.
O tecido conjuntivo próximo aos alvéolos possui muitos linfócitos e plasmócitos. A população de plasmócitos aumenta significativamente no final da gravidez, sendo eles responsáveis pela secreção de imunoglobulinas (IgA secretora), que confere imunidade passiva ao recém-nascido.

A estrutura histológica da glândula mamária é ligeiramente alterada durante o ciclo menstrual. Estas mudanças coincidem com o período no qual o estrógeno circulante encontra-se no seu pico. A maior hidratação do tecido conjuntivo na fase pré-menstrual produz aumento da mama.


-GLÂNDULAS SUDORÍPARAS
As glândulas sudoríparas dos mamíferos são membranas que tem por especialidade a secreção de um líquido transparente, conhecido como suor. São encontradas por toda a pela, com exceção da glande dopênis. Elas podem ser de dois tipos: merócrinas e autócrinas.
Estas glândulas sudoríparas merócrinas são tubulosas simples e seus ductos se abrem na superfície da pele. Os ductos não se ramificam e possuem menor diâmetro que a porção secretora, sendo que esta é composta pelas células secretoras que auxiliam na expulsão do produto da secreção.
Existem dois tipos de células secretoras, as células escuras e as células claras. Na parte de cima deste primeiro tipo celular são encontrados grânulos de secreção contendo glicoproteínas e é povoada por grande quantidade de reticulo endoplasmático rugoso. Já as células claras são pobres em grânulos e reticulo endoplasmático rugoso, mas possuem uma grande quantidade de mitocôndrias. Possuem também muitas dobras da membrana plasmática, e esta característica está relacionada com a produção da parte aquosa do suor.
O ducto da glândula se abre na superfície da pele e as células que revestem este ducto, localizada mais profundamente, é rico em mitocôndrias, sendo esta uma característica de células transportadoras de íons e água.
A substância produzida por esta glândula (suor) é muito diluída, contendo pouca proteína, além de sódio,potássio, cloreto, uréia, amônia e ácido úrico. Esta substância é resultado da ultrafiltração do plasma sanguíneo, chegando até estes ductos por meio da grande rede capilar localizada próxima as porções secretoras. Quando o suor atinge a superfície da pele, ele evapora, fazendo abaixar a temperatura corporal. A presença de catabólitos nele revela que estas glândulas participam da excreção de substâncias inúteis para o organismo.
As glândulas sudoríparas autócrinas se localizam nas axilas, regiões perianal e pubiana e na auréola mamária. São glândulas de maior tamanho, possuindo a parte secretora muito dilatada e estão presentes na derme e hipoderme. Há indícios de que esta glândula secreta através do processo merócrino, mas o nome glândula sudorípara apócrina permaneceu devido ao uso.
Seus ductos desembocam em um folículo piloso e a luz das regiões secretoras é dilatada. Sua secreção é um pouco viscosa, sem odor, adquirindo este por meio da ação de bactérias da pele. Nas mulheres, as glândulas axilares passam por alterações durante o ciclo mestrual. As glândulas apócrinas são invervadas por fibras adrenérgicas, já as merócrinas, são inervadas por fibras colinérgicas.





GLÂNDULAS ATÍPICAS.





-GLÂNDULAS SEBÁCEAS.
As glândulas sebáceas são glândulas secretoras de uma substância oleosa, chamada de sebo e encontram-se na pele dos mamíferos. Normalmente, seus dutos desembocam nos folículos pilosos. Porém, em certas regiões, como lábio, glande e pequenos lábios da vagina, os ductos se abrem diretamente na superfície da pele. A pele localizada na palma das mãos e na sola dos pés, não possuem este tipo de glândula.
Estas glândulas possuem um formato alveolar e, geralmente, desembocam em um ducto curto. Os alvéolos são formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas presentes sobre uma membrana basal. Estas células proliferam e diferenciam-se em células arredondadas, e acumulam em seu citoplasma o produto de secreção de natureza lipídica. À medida que ocorre esta proliferação, as células que estão sendo produzidas, vão empurrando as células mais antigas para o centro do alvéolo, e estas, por sua vez, morrem e se rompem, dando origem à secreção sebácea.
A secreção sebácea é uma mistura de lipídios que contém triglicerídeos, ácidos graxos livres, colesterol eésteres de colesterol. Sua liberação vai depender da velocidade de reprodução das células que compõem os alvéolos secretores, sendo que este mecanismo é controlado pelo hormônio andrógeno. Este é umhormônio tipicamente masculino, mas está presente em ambos os sexos. São produzidas em maior quantidade pelos testículos, mas também são elaborados pelas glândulas adrenais.
A produção de sebo nos recém-nascidos é muito grande, devido à influência dos andrógenos provenientes do organismo da mãe antes de seu nascimento. Ao passo que este hormônio sofre o metabolismo do organismo, sua produção é reduzida, sendo mantida constante durante a infância. Ao chegar à puberdade, a atividade secretora desta glândula aumenta, pois nesta etapa da vida ela passa a ser estimulada pelos hormônios sexuais. Nos idosos, esta produção é diminuída, pois neles, as glândulas passam a ter uma baixa resposta às influências hormonais.



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